segunda-feira, 6 de julho de 2015

Uma notícia.Mais uma notícia daquelas ditas científicas.
Proveniente daquelas almas alertas que inspeccionam o espaço/cosmos, infinito/impensável/insaciável na escala humana. Mas tentada .
Um som.Não uma mensagem intencional. Somente um som.
Um som imagine-se, que só pelo tempo que demorou a ser ouvido por nós, pelos especialistas que conseguem ouvir estas coisas, por nós, simples e perecíveis mortais, pequenos seres,
em cuja esperança de vida mais de metade nem nos lembramos que existimos....
É grandioso e inimaginável, 5 milhões de anos.
Uma vibração é um som. E pasmemos com a cientifica imaginação, chegou até nós,
interpretado,aprisionado em átomos de hidrogénio.
Somos, perante o cosmos tão insignificantes como esses átomos...e....cogito...
porque não nos vermos assim ?....
olharmo-nos,espécie,pelo espelho de qualquer átomo passageiro
do tempo...
nas dissensões humanas nas guerras e atrocidades , nos testes nucleares e não testes mas
nucleares, nos jogos de guerras químicas , nas ditaduras violentas virulentas,
nos espíritos impregnados de certezas imutáveis de morte,
nas transformações naturais destrutivas reconstrutivas....
Talvez....mas talvez...
como hoje descobrimos/ redescobrimos a evolução , crescimento, envelhecimento
da Mãe natureza e dos seus filhos, sejam eles quais forem,desde há milénios,
talvez , num futuro não mensurável, alguém, algum ser, descobrirá ,
presos nas infinitas dobras de uma partícula qualquer,
um grito lancinante de dor, ou mesmo um agradecimento elevado de amor.....
Talvez...talvez mesmo a eternidade exista...

segunda-feira, 20 de abril de 2015




 Sede, sede,
Sempre o som da palavra
Água que corre
Um ponto no horizonte
Aparentemente fixo
Uma nuvem...em mutação
Constante
As marés e o mar
Em cheiros de infinitos
Indefiníveis
Sede, sede,
De saber
Sei ou não sei
Da sede, talvez
Sede de a ver sede
Até compreender
Até fazer parte
Até lhe pertencer
Quase por vezes aplacada
Quase por vezes mitigada
Quase nas minha mãos
O poder de ser
Sede
Por vezes quase sou, faço, digo
Por vezes quase me sinto vivo.